terça-feira, 5 de junho de 2012

O dia em que deixei de te ver

Foi ontem que te vi pela última vez. Olhar para ti, é como olhar para algo que não se conhece. Ontem, porém, não tive vontade de te chamar, de dizer o teu nome e de correr para ti, esperando que estivesses à minha espera com os teus braços abertos, como tanta vez fizeste. Ontem, olhei para ti, e segui os teus passos até que dobrasses a esquina, tu não me viste, ou então fingiste que não me viste. Correu em mim a mágoa que me acompanha desde que me abandonaste, e fiquei novamente só. Deixei-te ir. Ias tão entretido com a tua conversa com alguém que te acompanhava que nem reparaste em quem estava ao teu lado. E de facto, é isso que tens feito, não reparares em quem está ao teu lado, tem sido uma postura tão banal que começa a não ter importância, quanto mais vezes o fazes. Não é justo, quando estamos acostumados a alguém, esse alguém, com a mesma facilidade que nos dá tudo, também nos tira tudo, e nós temos que ter o dom de nos recompormos e sorrir para o resto do mundo. Não é fácil, não é justo. Mas ninguém disse que seria.






1 comentário:

Raquel Pires disse...

Não me importo :) Não acho o texto nada parecido embora até possa ter um tema semelhante. É bom saber que te conforto. Obrigada.